domingo, 17 de março de 2013

Hidden Love - 1° Capitulo


P.O. V Julie
Nesse exato momento estou entrando em um avião para ir morar com minha tia em Atlanta. Minha mãe morreu há três anos, ela tinha um tipo de câncer raro. Falar sobre a morte dela ainda é algo que me machuca muito, porque desde que ela se foi eu não tenho mais ninguém além da minha tia Pattie. O único problema é que minha tia mora em Atlanta. Pattie é irmã adotiva de minha mãe, mas elas sempre foram muito próximas.
Meu pai é um completo alcoólatra, mas nem sempre foi assim, ele se entregou a bebida após a morte da minha mãe, digamos que ele não conseguiu lidar com isso. Os motivos para eu estar indo para Atlanta são vários, mas o maior deles é o meu pai, ele cada dia está ficando mais descontrolado e as brigas já estão ficando constantes, sem mencionar que ele me bate descontroladamente quando está sob efeito da bebida. Dói saber que vou ter que deixa-lo nesse estado aqui, mas eu tenho que construir minha vida, trabalhar, ter uma família, talvez assim eu consiga amenizar a dor da perda da minha mãe. 
Eu estava dormindo no banco do avião até uma Aeromoça se aproximar e me acordar. Ela estava tão sorridente, sempre me pergunto como elas conseguem sempre estar sorrindo.
- Nós já aterrissamos faz 10 minutos. 
- Desculpa, acho que acabei dormindo demais. 
Dei um meio sorriso e levantei.
                                                    [...]
 Já havia saído do avião e estava indo encontrar a Pattie. Ela estava toda sorridente e feliz por me ver. Sabe, desde que minha mãe morreu eu não tenho visto muito a Pattie, na verdade desde a morte dela eu nunca mais a vi. Nós sempre nos falamos por telefone ou por Skype mas não é a mesma coisa. 

Assim que Pattie me viu ela veio de encontro em minha direção e me abraçou dizendo:
- Julie, que saudades!! Como você está? A viagem foi boa? 
- Eu também estava com saudades tia, sim, está tudo bem Pattie. Foi sim, acabei dormindo demais, desculpe a demora. - disse retribuindo o abraço.
- Não tem problema, estou feliz de tê-la aqui.
Peguei minhas malas e Pattie me ajudou a carrega-las e logo em seguida saímos de lá. 
Já havia um carro nos esperando, logo que nos aproximamos um homem saltou vindo em nossa direção. Ele deveria ter uns 20 anos, talvez um pouco mais. Olhei para o mesmo e sorri simpática e ele correspondeu.
Entramos no carro e logo ele deu partida. Olhei para o lado e logo então percebi que havia mais outros três carros nos seguindo, entranhei aquilo e disse:
- Pattie, por que tem três carros nos seguindo? Isso é normal?
Ela riu.
- Isso é normal sim querida. - disse ela finalizando. 
Mas eu não havia engulido aquilo, afinal, ser perseguida por dois carros sem o mínimo motivo não é normal. Encarei Pattie e disse:
- Tem certeza? Olha eu sei que eu acabei de chegar, não quero incomodar, mas será que você pode me explicar o que está acontecendo?
Senti um pouco de insegurança no seu olhar, percebi que talvez eu tivesse deixado um pouco ela sem graça, então logo ''concertei'' a situação dizendo um simples ''Tudo bem, esquece''. Ficamos em silêncio durante todo o trajeto, mas assim que chegamos ao local ele foi quebrado pelo mesmo homem do Aeroporto.
- Chegamos dona Pattie.  
Soltamos e Pattie pediu que ele levasse minha mala para o meu quarto. Foi nessa hora que descobri o nome do ''tal homem''.
- Brain você pode deixar as malas da Julie no quarto dela, por favor. - ordenou.
Pattie olhou para mim e disse: 
- Seja bem-vinda a sua nova casa querida! Vamos entrar? 
Não respondi, apenas afirmei que sim com a cabeça.
- Venha, vamos conhecer sua nova casa!
Pattie abriu a porta e, meu Deus, eu estava no paraíso, aquilo não era uma casa, era uma mansão, era completamente gigante! Era maravilhosa!
Sai do transe com Pattie me chamando para conhecer meu quarto. 
Estávamos indo até o meu quarto até passarmos por uma porta vermelha, ela parecia tão misteriosa que eu não hesitei em perguntar.
- Pattie que sala é essa?
- Esse é o escritório do Justin, meu filho, mas nunca podemos entrar aí - ela disse tentando achar as palavras certas.
ESPERA! Um filho? Pattie tem um filho e eu não sabia? Que estranho. Sabe, sempre que eu via Pattie, até mesmo nos encontros familiares, ela sempre estava sozinha, por que ninguém nunca me disse que ela tinha um filho?
- Pattie você tem um filho? Por que nunca ninguém me disse? 
- Justin nunca está muito presente na vida dos familiares dele por parte de mãe, ele acredita que como eu fui adota eles não são minha família de verdade, então ele prefere manter distância. - disse a mesma um pouco chateada.
- Hey Pattie, quer dizer, tia. Mas é claro que são sua família de verdade, você é minha tia, mesmo não sendo de sangue eu te amo como se fosse! - Ela sorriu e me abraçou. Pude ver que ela estava emocionada e seus olhos marejavam como se ela quisesse chorar.  
- Mas então vamos conhecer seu quarto? - ela disse desfazendo-se daquele abraço e mudando de assunto.
Vamos! - disse empolgada.
Subimos as escadas e então Pattie abriu uma porta, mas precisamente a porta do meu quarto.
- Gostou? Eu mesma que decorei! - disse animada -
- Ai meu Deus, é lindo! Eu não gostei, eu amei! Obrigada, obrigada, obrigada tia Pattie. - disse enchendo a mesma de beijos.
- Agora vá tomar um banho e descansar, mais tarde eu te chamo para comermos algo. Maria já deve estar chegando do mercado. 
Maria?
- É, vou apresentá-la quando ela chegar, ela é nossa ''faz tudo''.
Pattie saiu do quarto e fechou a porta. Olhei para o de baixo de uma mesa que havia ali e pude perceber que Brain já havia trazido minha mala. Escolhi uma roupa e me despi para o banho.
                                                    [...]
CONTINUA!
Comentem o que acharam, é muito importante pra mim.

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